quarta-feira, 18 de agosto de 2010

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Deveria sim, existir um doce que suprisse a saudade, aquela que coroe a alma com as melhores lembranças do mundo, e nos faz invejar o próprio passado. Quem me dera se existisse um controle remoto ou então aquele famoso pó-de-pirlimpimpim da levada boneca Emília, que levasse meu corpo onde meus pensamentos estivessem, não levando em conta distância, passado e futuro ou mesmo a morte. Tenho certeza que todos, sem exceção alguma seriamos mais felizes e quem sabe, mais completos. Já é sabido que até hoje homem algum conseguiu tal proeza, de fazer-se carne onde apenas os pensamentos, sonhos e lembranças podem estar presentes. Talvez por isso encontramos tantas maneiras de nos fazer estar e ser. Sendo através de palavras, de desenhos, de melodias e de muitas outras formas. E engana-se quem pensa que para existir, precisa ser compreendido ou compreender. Na verdade a compreensão nada mais é que fantasia ou utopia. Ninguém pode com o que muitos dizem ser criado por Deus e outros apenas NÃO acreditam. Eu particularmente não quero e não preciso que acreditem ou compreendam. -Não me julguem singular de mais. Seria melhor que as coisas sempre ficassem nas sublinhas, que o horizonte sempre estivesse aberto, não seria? É uma dádiva acordar toda manhã sem saber o que o mundo nos reserva no dia de hoje, ou nesse momento mesmo. E ao mesmo tempo, é um saco.

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