terça-feira, 21 de setembro de 2010

[...]

Era uma graça de menina. Um pouco roliça, bochechas fartas é verdade. A primeira vista, parecia como as outras.
Mal sabia como seria sua vida. Como as coisas fluiriam, passariam entre seus dedos, em sua cabeça. Como seria forte, e frágil ao mesmo tempo. Quantas dificuldas e quantas alegrias.
Não muito diferente de todos nós, nascemos sem saber nada do futuro.
Pois bem, cresceu.
Vivia como em um mundo particular. Era sem duvida, especial. Pensava, falava, agia como uma pessoa que na verdade ela não era.
Mais tinha a idéia de que cada um poderia mudar o que quer que fosse no mundo, até a si mesmo. Então começou a se modificar, mesmo sem perceber crescia rapido, deixava de aproveitar coisinhas bobas das quais sentiria falta.
Gritava independencia e liberdade. Não podia ser depois, o tempo passava muito rápido e a vida estava ali para ser vivida. Ora, mais para que ficar esperando?
Assim modificou tudo por onde passou. Não tiremos seu mérito. Ela era iluminada.
Iluminou tanto, que um dia explodiu. Todos os seus pedacinhos foram caindo e se espalhando, até que alguém conseguiu juntá-los. Não estava perfeita, e a cola ainda não havia secado. O tempo passou e abalou aquela frágil estrutura consertada, a deixou meio torta, meio manca, meio esquisita.
E o mundo que já era vazio, se tornou mais solitário ainda. As idéias, ahh, essas nunca ficaram boas de vez. A imaturidade de outrora se fora, mais a criança ali ainda estava. Ainda posso vê-la, todos os dias tristes. Todas as horas em que o silencio conforta, o choro derruba o desespero, e aprende-se a segurar as lágrimas e engulir a seco a tristeza.
Mais isso foi a muito tempo. Estou a sua procura, e sei que vou encontra-la. Essa estrela que brilha em vida, e que não pode mais deixar de brilhar!

Nenhum comentário: